domingo, 11 de setembro de 2011

WINDOWS XP


Dia 24 de agosto de 2011, o XP compleou 10 anos de vida desde seu anúncio oficial pela Microsoft. O sistema operacional completa uma década - para surpresa de muitos - de sucesso.
Sucessor dos criticados sistemas Windows 95, Millenium Edition (ME), 98, 2000 e antecessor do não menos micado Windows Vista, o OS é hoje o mais utilizado do mundo. 
De acordo com a empresa NetMarketShare, 80% do mercado é dominado por alguma máquina com Windows. Desses, 50% usam XP, 28% são Win7 e 9% o Windows Vista.
Uma década atrás, enquanto muita gente pensava que Windows era sinônimo de telas azuis, reinicializações enigmáticas e travamentos esquisitos, uma pequena multidão se aglomerava em frente a uma loja de informática (Plug&Use) de um shopping de São Paulo (Market Place). O plano era comprar em primeira mão o sistema operacional (por US$ 209, a versão home completa) e levar de brinde o também novo Office XP (que tinha preço firmado em R$ 1.345). 
A fila se iniciou às 15 horas. A loja começaria a vender o sistema à meia-noite do dia 25 de outubro (o sistema chegou para os usuários dois meses depois de ser anunciado).
O XP iniciava uma moda no Brasil que já era comum nos Estados Unidos e em alguns países asiáticos: atrair e promover filas para interessados comprarem eletrônicos a partir da hora zero do início das vendas. Entretanto, o sistema também começou um novo filão: o sistemas operacionais criados pela Microsoft um tanto robustos e confiáveis, leves e fáceis e usar, com poucos travamentos, panes e com vasto suporte à multimídia. 
Sua robustez e confiabilidade, entretanto, vieram somente pouco depois de seu lançamento, com os pacotes de correções e atualização Service Pack 1 (SP1) e, aí sim, SP 2, que fechou bugs, o tornou estável e redondo.

Novidades que agradaram
O XP foi baseado no Windows NT, família de sistemas operacionais corporativos da MS. Por conta disso, ele já chegou ao usuários um tanto mais estável que os antecessores  (e depois, com o SP2, acabou por se arredondar). Entretanto, não foi só isso. O marketing de primeira, a Microsoft sempre teve. Mas o XP trouxe uma nova interface simples de usar (chamada Luna), que colocava as principais funções do OS no botão Iniciar o sistema.


O visual do sistema operacional foi uma de suas novidades mais marcantes

Agrupar janelas ou ícones, ou mesmo travá-los, também foram fatores que ajudaram a popularizar o sistema - boa parte dos usuários "sentiram firmeza" nessas mudanças em relação às versões anteriores do Windows. O XP também permitiu ao usuário mudar cores e interface das janelas, menus, área de trabalho de modo a tornar mais agradável o uso do computador.
Se na época as novidades agradaram, hoje ele continua dando muito caldo - embora talvez seu maior trunfo e segredo do sucesso seja ter sido um oásis de competência entre Windows ruins por todos os lados. O Vista, que até mesmo a MS quer esquecer, nunca vingou: sempre apresentou problemas de lentidão, alto consumo de recursos de hardware e incompatibilidade com periféricos. Tudo o que o XP não fez.

Problemas no garoto (de 10 anos)
O tempo passa e embora a Microsoft tenha dito (e depois voltado atrás e, por fim, deixado no ar) que o XP terá suporte para usuários do Windows 7 até 2020, talvez já seja hora de se considerar seu abandono. Ele é rapido, ele é redondo, ele é praticamente universalmente compatível. Até agora.
A tendência é que aos poucos alguns programas parem de ser desenvolvidos para o sistema. O Internet Explorer 9, por exemplo, não roda no XP. O mesmo se aplica à novas versões do Windows Live Messenger (MSN) 2011. Por enquanto, isso não é propriamente um problema - há diversas opções de navegadores e de bate-papos instantâneos que continuam podendo serem usados no OS. Mas até quando?

Deixado para trás: O IE9 é um dos aplicativos que já não roda no XP

Há ainda alguns outros fatores que podem ser considerados quanto ao futuro. Ele não é mais rápido do que o Windows 7 (que, afinal, é um bom sistema operacional) e seu sistema de busca integrado é bastante limitado - outra vez, há programas como o Google Desktop, que, por enquanto, fazem bem as vezes de farejador interno.
Por fim, é importante lembrar que ele tem alguns problemas com hardware. A versão de 32 bits, normalmente, não reconhece memória RAM de mais de 3 GB. Por enquanto, principalmente no Brasil, boa parte dos computadores é vendido com essa configuração. Mas já aparecem nas prateleiras PCs e notebooks com máquinas com 4 GB e até 6 GB.
A questão se vale aposentá-lo, hoje, vai depender do uso e das necessidades de cada um (além da desconfiança em qualquer outro OS da MS). O que parece é que, claro, um dia não haverá mais escolha. Entretanto, até lá, haverá vida longa ao ainda competente XP.


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